Uma casa perfeita deve contar com uma excelente instalação elétrica residencial. Afinal, ninguém quer descobrir que falta um interruptor perto da porta ou uma tomada extra no próprio quarto. Para te ajudar, preparamos um artigo completo sobre o assunto. Boa leitura!
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É o sistema que gera, conduz e utiliza eletricidade. Nesse sentido, as instalações elétricas são a conexão entre a fonte geradora de energia e as cargas elétricas. Para isso, é utilizado um conjunto de equipamentos composto por fios, cabos e outros acessórios. A instalação elétrica pode ser residencial/predial, comercial ou industrial.
Veja abaixo a definição dos principais termos utilizados quando se fala sobre o assunto.
💡Tensão: diferença de potencial elétrico em diferentes pontos.
💡Volts (V): unidade de medida da tensão.
💡Corrente elétrica: movimento ordenado da carga elétrica no condutor.
💡Ampère (A): unidade de medida da corrente elétrica.
💡Potência: quantidade de energia consumida por um circuito.
💡Watts (W): unidade de medida da potência elétrica.
💡Circuito: rede de distribuição. Inicia-se no quadro de distribuição para terminar nos pontos de consumo.
💡Quadro de distribuição: ponto de distribuição da instalação elétrica residencial. É onde ficam os dispositivos de proteção.
💡Corrente contínua: os elétrons movem-se em sentido único.
💡Corrente alternada: os elétrons variam sua direção constantemente. É a corrente elétrica utilizada para gerar energia em residências, já que ela não reduz a força durante o caminho para chegar na tomada.
O sistema elétrico conta com diferentes partes e componentes para seu funcionamento.
Diz respeito a todos os elementos essenciais para uma boa instalação elétrica. Os componentes que compõem essa seção são: bandejas elétricas, caixas de medidores, caixas de passagem, fixadores para cabos, eletrocalhas, suportes, leitos elétricos, entre outros.
Seção composta pelos elementos que monitoram e protegem as instalações elétricas. Desse modo, todas as peças devem estar em pleno funcionamento para garantir a segurança. Os acessórios que fazem parte dessa seção são os medidores, fusíveis, disjuntores e relés térmicos (relés no caso de indústrias).
Fios e cabos (condutores) que conectam e conduzem a fonte às cargas elétricas, como equipamentos elétricos e eletrônicos, motores, entre outros.
Elementos que acionam e desacionam as cargas, como interruptores para o sistema de iluminação, sistemas para controle de bomba da piscina, etc.
A instalação elétrica residencial ou de outros tipos pode se dividir em extra baixa, baixa e alta tensão.
Corrente contínua: geralmente opera nesse tipo de corrente, com tensões menores ou iguais a 75V.
Corrente alternada: em alguns casos pode operar em corrente alternada, com tensão menor ou igual a 50V.
Corrente contínua: tensões entre 75V e 1500V.
Corrente alternada: tensões entre 50V a 1000V.
Excedem os valores de tensão dos tipos anteriores. Assim, podem atingir centenas de kV.
O tipo de edificação, assim como as necessidade de energia elétrica, é que vão decidir o melhor tipo de instalação elétrica para cada projeto. Por exemplo, para uma instalação elétrica residencial ou predial, serão necessários lâmpadas e interruptores, enquanto numa instalação elétrica industrial será preciso usar vários sistemas de medição e controle para a produção e proteção de maquinários.
Nesse sentido, a necessidade de potência para sistemas industriais e até mesmo comerciais será maior do que para residenciais.
Geralmente, a energia elétrica das casas é recebida pela companhia de eletricidade (concessionária), transportada para a rede pública até o poste de entrada da residência e direcionada para o quadro de distribuição. Mas também existem alternativas como energia solar ou eólica, normalmente utilizadas em conjunto com a energia padrão.
Na hora de instalar o sistema elétrico residencial, o profissional responsável precisa atender as normativas da NBR 5410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Essa norma técnica prevê algumas normativas para iluminação e tomadas. Por exemplo, o cálculo de iluminação obrigatória em função das dimensões do ambiente, existência de no mínimo uma tomada para cômodos com 6 m² ou menos e normativas que visam a segurança em áreas molhadas, como cozinhas e banheiros.
Além disso, também deve-se considerar o uso dos ambientes e as necessidades e equipamentos dos moradores.
A instalação elétrica residencial começa pela planta baixa (desenho em escala que mostra a relação entre quartos e espaços vistos de cima). Isso porque é essencial ter as dimensões certas e outras informações sobre o terreno para aplicar corretamente as normas da ABNT. Além disso, deve-se considerar também a necessidade de uso dos moradores.
Dessa maneira, a planta baixa precisa contar com o projeto luminotécnico para criar o projeto elétrico e assim dar início à instalação.
A segunda etapa é a definição dos pontos de eletricidade, ou seja, locais de chuveiros, tomadas, ar-condicionado e demais itens. Cômodos com 6 m² ou menos devem contar com carga mínima de 100 VA (volt-ampère). Já os cômodos com medidas superiores a 6 m², precisam de carga mínima de 100 VA + 60 VA para cada 4 m² acrescido.
Sempre esteja atento ao que a ABNT indica para a instalação elétrica residencial. Assim, é possível evitar sobrecargas elétricas devido à má distribuição de energia.
Depois é a hora de determinar as tomadas gerais e específicas de cada cômodo, baseado no VA de cada ambiente. As tomadas de uso geral são as utilizadas para ligar aparelhos.
O ponto de energia do chuveiro, por exemplo, é considerado uma tomada de uso específico.
Aqui o profissional calcula a potência de cada cômodo para chegar no valor da potência total das cargas, que é medida em Watts. Essa informação é fundamental para orientar a escolha do disjuntor, que por sua vez, é essencial para manter a segurança e funcionalidade da rede de eletricidade.
Cada cômodo tem uma necessidade de energia diferente. Por isso, a criação dos circuitos elétricos é uma das etapas mais importantes. Cozinhas e lavanderias, por exemplo, precisam de circuitos específicos só para atender suas necessidades energéticas. Um erro muito comum é sobrecarregar um mesmo disjuntor com vários circuitos. Isso prejudica a eficiência e segurança.
Essa etapa diz respeito a definição da posição dos dutos, que podem ser instalados interna ou externamente na residência.
Por fim, chega o momento do profissional analisar o projeto e dar início à instalação elétrica residencial.
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