Se você chegou até aqui buscando mais informações sobre os principais tipos de fundações rasas ou superficiais, seus diferenciais e, principalmente, quando esse modelo de estrutura é indicado em uma obra, nós temos algumas dicas e informações úteis.
Afinal, a fundação é parte primordial de qualquer projeto construtivo e, apesar de muitos não saberem, há diferentes formas de se planejar o tipo de assentamento em que a edificação ficará suspensa e, claro, cada qual com suas próprias características e vantagens práticas.
Sendo assim, esse artigo trata exclusivamente sobre as chamadas fundações rasas e suas possíveis aplicações. Quer saber mais sobre o assunto e entender melhor como essa estrutura funciona? Então, continue até o final e boa leitura!
De forma resumida, podemos definir as fundações rasas — ou superficiais — como um assentamento de pouca profundidade.
Sendo assim, e conforme orientações da NBR 6122:2019 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), uma fundação rasa ocorre quando o solo abaixo da edificação recebe diretamente as tensões distribuídas que equilibram a carga.
Em outras palavras, a fundação rasa é executada logo nas primeiras camadas do solo e se diferencia dos modelos mais profundos justamente por não demandar grandes equipamentos para escavação ou cravação na estrutura.
Dessa forma, em geral, uma fundação rasa ou superficial pode ser executada tranquilamente de forma manual.
Devido à menor complexidade na construção de uma fundação rasa, é normal que este tipo de estrutura seja mais indicado a edificações mais leves, de pequeno e médio portes.
Mas isso não significa que toda edificação pequena possa receber tal tipo de fundação. Pelo contrário, assim como em qualquer projeto construtivo, é fundamental haver uma análise técnica detalhada e a devida aprovação de especialistas em relação à estrutura a ser erguida.
Assim, podemos dizer que as fundações rasas só devem ser executadas quando for possível obter com exatidão a resistência para o assentamento superficial do terreno. Em geral, a profundidade dessas estruturas variam entre 1 e 3 metros.
Há ainda outros fatores que precisam ser levados em consideração nessa avaliação, como a natureza e as características geotécnicas da superfície e o peso da edificação.
Dessa forma, a escolha de uma fundação rasa não deve se limitar unicamente a fatores econômicos (em geral, esse tipo de estrutura demanda investimentos menores e menos custosos), mas também a elementos mais técnicos e de segurança para a construção.
Sabendo o conceito das fundações rasas ou superficiais, podemos agora descrever melhor os diferentes tipos existentes para essa estrutura.
Entre os principais tipos de fundações rasas, vale destacar as sapatas como uma das mais comuns nas obras no Brasil. Em geral, elas são feitas em concreto armado e executadas em solos com boa capacidade de carga na superfície.
Em relação ao formato desse tipo de fundação rasa, as sapatas podem variar conforme cada necessidade de projeto, podendo ser quadradas, retangulares, poligonais ou mesmo circulares.
Além disso, as sapatas podem variar conforme o arranjo estrutural do solo, sendo categorizadas das seguintes formas:
Os blocos de fundação são outro tipo de fundações rasas possíveis. Em geral, são dimensionados para que as tensões de tração resultantes resistam sem a necessidade de uma armadura.
Podem ser quadrados e de concreto armado, como também em formato de paralelepípedos.
Por fim, outro destaque entre os principais tipos de fundações rasas existentes é o chamado radier.
Na prática, este modelo se caracteriza como uma espécie de laje construída diretamente no solo, abrangendo assim toda a área da edificação, que descarrega uniformemente todas as tensões sobre a superfície.
O radier pode ser feito em concreto armado, como também em concreto protendido. Sendo assim, o modelo a ser utilizado em seu projeto depende basicamente das características e especificidades do terreno e da edificação, ficando a critério de um especialista avaliar as reais condições.
Em resumo, essas são algumas dicas e informações úteis sobre os principais tipos de fundações rasas, seus conceitos, aplicações e diferenciais técnicos, que devem ser levados em consideração e devidamente avaliados por um profissional capacitado antes de qualquer execução.
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